quarta-feira, 4 de abril de 2012

A mídia pernambucana e os movimentos culturais

A mídia pernambucana e os movimentos culturais
Se têm uma coisa que o pernambucano não pode reclamar é multiculturalidade do estado, do litoral ao sertão, coco de roda e xaxado, danças e ritmos que agradam a gregos, troianos e pernambucanos é claro. Mas, onde é que a sociedade pernambucana pode ver essas manifestações culturais? , na mídia? , se esta for sua resposta você está equivocado. A mídia pelo contrário implementa à industria cultural que é subsidiada pelos “jabás” , e segue a tendência de cultura de massa, achando que aquilo que a maioria gosta, é o que vai aumentar sua audiência.
É raro o apoio da mídia pernambucana aos movimentos culturais, um ou dois programas esporádicos seguem essa tendência, a maioria são de TV estatais, que infelizmente a audiência é baixa, pela falta de divulgação, e até mesmo pela má organização da grade de programas. As datas também são estratégicas, carnaval ou nas festas juninas. Pergunto-me algumas vezes se os movimentos culturais também querem ter seu espaço? Se permanecer no anonimato poderia ser por escolha?, Mas além desses movimentos fomentarem a cultura alguns desenvolvem trabalhos sociais que com certeza deveria ser registrado pela mídia. Quando falamos de mídia e movimentos culturais não podemos nos esquecer que tudo isso passa pelo crivo do direito a comunicação que qualquer cidadão deve ter, isso é determinado por lei, e que em quase sua totalidade não é obedecido pela grande mídia. Será que a sociedade consegue ver seus traços culturais na TV? As novelas, programas de auditórios, telejornais e entre outros, formam uma consciência voltada à cultura regional? Se não fosse por alguns redutos que preservam as manifestações culturais, muitas delas já estariam desaparecidas.
Da mesma maneira que o cinema nacional recebe apoio tanto financeiro como o de salas reservadas para exibição só de filmes nacionais, pela ANCINE (Agência Nacional de Cinema) ou os editas do FUNCULTURA que é vinculado a FUNDARPE, as produtoras independentes que fazem trabalhos junto a movimentos culturais deveriam ter apoio do tipo, mas só isso não basta, deve haver acima de tudo o reconhecimento do povo a tal iniciativa, sem medo de assumir suas raízes, da mãe de santo preta que tem um grupo de afoxé, do caboclo de lança que sai da zona da mata norte, do cavalo marinho, e sem medo mesmo de ser pernambucano!

Gostaria de deixar um vídeo, produzido
pela produtora estúdio zero, que já foi exibido na TV Brasil/TVU, que demostra essa ideia de movimentos culturais e mídia.



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