domingo, 29 de abril de 2012

Rádio Escolar      

     Em meio a tantos projetos ligados ao Pontes, surgiu um bastante interessante para nós bolsistas e estudantes de Rádio, TV e Internet, que é o de uma Rádio Escolar. A Escola Carlos Alberto que fica no bairro do Prado, conhecida por sua ligação com projetos sociais, alguns deles juntos com a UFPE, mais precisamente com o PET, nos proporcionou a oportunidade de mexer e colocar pra funcionar mesmo uma Rádio.
     Como todas as outras Rádios Escolares que existem por aí, a proposta dessa é promover uma nova relação entre aluno/professor e vice-versa, deixando-a livre para intervenções dos mesmos e com a finalidade maior de dar uma nova face para a escola, um atrativo a mais tanto para os alunos como também para os funcionários.
     Essa Rádio será caracterizada por não só música ao gosto dos alunos, mas também com informações relevantes para os mesmos, sobre educação, vestibular, novidades e notícias de temas variados. Não deixando de lado a carga musical, pois afinal de contas se trata de uma rádio. Criando assim um lugar democrático, atendendo a demanda dos gostos de todos, com programas, rádionovelas e etc. 
     Com o objetivo maior de passar o conhecimento técnico para os alunos, vamos apenas plantar uma semente, para que depois os próprios alunos conciliem e possam continuar com esse projeto. 

Thais Câmara

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Oficina de crítica musical no Lar Fabiano de Cristo



A proposta do Pontes de Cultura está aliada a busca de socialização entre a UFPE e (neste momento) a comunidade da Várzea que se encontra tão perto, mas ao mesmo tempo tão longe da Universidade. O projeto neste ano começou já com um saldo positivo na sua primeira oficina no Lar Fabiano de Cristo. Idealizada por todo o grupo do Pontes de Cultura, a oficina de crítica musical teve o intuito de, primeiramente, passar o conhecimento básico de períodos da música não só do ocidente, mas apresentando a praticamente desconhecida (pelo grande público) música oriental. Essa busca na raiz da música é vital, pois sem ela é complicado analisar uma produção atual já que, baseado no princípio da transformação da música, tudo vem de uma unção de estilos prévios.
Porém é importante frisar que a principal ideia da oficina foi criar uma visão crítica da da música. Assim, os estudantes do Lar Fabiano de Cristo mostraram interessados principalmente pela liberdade de debater os diversos estilos musicais apresentados.


Apesar de não ser um requisito para essa oficina, o fator dos estudantes do Lar Fabiano de Cristo terem aulas de música (tivemos a oportunidade de ouvi-los em seus respectivos instrumentos), só tornou o aprendizado mais rico tanto para eles, quanto para nós que administramos as mesmas.


Seguindo a liberdade que foi proposta desde o primeiro momento, foi de escolha dos alunos avaliarem dois discos. Esses foram: Negro Lindo do Grupo de Pagode/Suingueira Parangolé e o homônimo da banda de pop rock Nx Zero de 2006. Intercalando os dois discos com o intuito de toda a sala comentar sobre um álbum de sua preferência, os alunos fizeram as críticas que frutificam a oficina, no qual alguns resultados serão postados aqui no blog.
            


Laís Fancello

terça-feira, 17 de abril de 2012

O Ensino Superior no Brasil

Segundo matéria da revista Ensino Superior apenas 8% da população brasileira têm o ensino superior completo. Mesmo com o incentivo massivo por parte do governo a programas como o PROUNI (e a conveniência que há para certas instituições particulares que por muitas vezes recebem em troca, espécies de anistia sobre seus débitos com o governo) o acesso às universidades e faculdades ainda é regido por um funil exclusivista e rentável denominado vestibular. Isso sem nos restringir ao acesso às instituições públicas, onde apenas parte dessa porcentagem se insere nas mesmas. Já reformas nos processos seletivos de várias instituições também se fazem presente tendo em vista a utilização seja de forma parcial ou total das notas do Exame Nacional do Ensino Médio – ENEM para que os estudantes que desejam dar seguimento à sua formação educacional possam conquistar as vagas oferecidas.

Diante de tal conjuntura, com as universidades públicas sendo ocupadas principalmente por estudantes vindos de classes mais privilegiadas e que por isso poderiam cursar seu terceiro grau numa instituição privada, singulares projetos se fazem presente como fruto do próprio meio acadêmico, leia-se os próprios estudantes que conseguiram ultrapassar os obstáculos que existem para quaisquer indivíduos vindos das camadas mais populares, que incentivam o acesso igualitário ao ensino superior público.

Se tomarmos como exemplo a universidade Federal de Pernambuco-UFPE é possível identificar movimentos e atuações nesse sentido. No próprio campus da Universidade e dele, já que projetos extencionistas funcionam, o estudante que pretende prestar o vestibular dispõe de diversos projetos com cunho social atuando na preparação de estudantes que normalmente enfrentam uma vulnerabilidade econômica e pretendem iniciar sua vida acadêmica. Senão vejamos: o pré-vestibular Solidário, Portal, Cidadão, Grupo de Apoio Preparatório e o Prévest, este último representando parte das atividades do Projeto de Educação Tutorial- PET da Universidade Federal de Pernambuco e do MEC são apenas alguns exemplos de projetos dessa natureza.

O grande propósito de projetos dessa natureza não é restringir a entrada na universidade apenas por parte dos indivíduos menos privilegiados, visto o procedimento padrão no processo seletivo existente e já citado, e sim proporcionar maior inserção do estudante pertencente às camadas desprovidas do acesso à educação nas universidades. Papel socioeducacional sendo cumprido em pleno exercício fazendo jus ao artigo 205 incluso na constituição federal de 1988 que assegura o direito à educação.

Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.

Abaixo seguem links referentes aos projetos citados assim como matérias e artigos relacionados à educação superior.

http://www.ufpe.br/proext/index.php?option=com_content&view=article&id=26&Itemid=113

http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=12223&Itemid=480

http://revistaensinosuperior.uol.com.br/textos.asp?codigo=12124

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constitui%C3%A7ao.htm

quarta-feira, 4 de abril de 2012

A mídia pernambucana e os movimentos culturais

A mídia pernambucana e os movimentos culturais
Se têm uma coisa que o pernambucano não pode reclamar é multiculturalidade do estado, do litoral ao sertão, coco de roda e xaxado, danças e ritmos que agradam a gregos, troianos e pernambucanos é claro. Mas, onde é que a sociedade pernambucana pode ver essas manifestações culturais? , na mídia? , se esta for sua resposta você está equivocado. A mídia pelo contrário implementa à industria cultural que é subsidiada pelos “jabás” , e segue a tendência de cultura de massa, achando que aquilo que a maioria gosta, é o que vai aumentar sua audiência.
É raro o apoio da mídia pernambucana aos movimentos culturais, um ou dois programas esporádicos seguem essa tendência, a maioria são de TV estatais, que infelizmente a audiência é baixa, pela falta de divulgação, e até mesmo pela má organização da grade de programas. As datas também são estratégicas, carnaval ou nas festas juninas. Pergunto-me algumas vezes se os movimentos culturais também querem ter seu espaço? Se permanecer no anonimato poderia ser por escolha?, Mas além desses movimentos fomentarem a cultura alguns desenvolvem trabalhos sociais que com certeza deveria ser registrado pela mídia. Quando falamos de mídia e movimentos culturais não podemos nos esquecer que tudo isso passa pelo crivo do direito a comunicação que qualquer cidadão deve ter, isso é determinado por lei, e que em quase sua totalidade não é obedecido pela grande mídia. Será que a sociedade consegue ver seus traços culturais na TV? As novelas, programas de auditórios, telejornais e entre outros, formam uma consciência voltada à cultura regional? Se não fosse por alguns redutos que preservam as manifestações culturais, muitas delas já estariam desaparecidas.
Da mesma maneira que o cinema nacional recebe apoio tanto financeiro como o de salas reservadas para exibição só de filmes nacionais, pela ANCINE (Agência Nacional de Cinema) ou os editas do FUNCULTURA que é vinculado a FUNDARPE, as produtoras independentes que fazem trabalhos junto a movimentos culturais deveriam ter apoio do tipo, mas só isso não basta, deve haver acima de tudo o reconhecimento do povo a tal iniciativa, sem medo de assumir suas raízes, da mãe de santo preta que tem um grupo de afoxé, do caboclo de lança que sai da zona da mata norte, do cavalo marinho, e sem medo mesmo de ser pernambucano!

Gostaria de deixar um vídeo, produzido
pela produtora estúdio zero, que já foi exibido na TV Brasil/TVU, que demostra essa ideia de movimentos culturais e mídia.